quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amor para "Inteligentinhos"

A vantagem da exposição midiática a que qualquer mortal, independentemente da “fama”, participa é que assim temos acesso ao talento (e principalmente a falta de) de que as pessoas dispõe. É lógico que é preciso equacionar a “felicidade publicada” com a “realidade praticada”, que são inversamente proporcionais. E isso vale para qualquer extremo virtual – menos os que retratam a fé, ou a falta de fé, burra, sem conhecimento, sem estudo; essas pessoas são mesmo superficiais. Mas, genuinamente, este texto trata da “ingenuidade” (entre aspas para se aproximar de “idiotice) que vejo nas manifestações de afeto. Primeiramente, acho (modéstia falsa, tenho certeza) que devemos assumir o que realmente nos move, qual o sentimento que realmente está forjando o nosso comportamento; ódio, por exemplo, muitas vezes nada mais é do que uma saudade imensa somada à não aceitação de um fim. Assim como o amor, banalizado, geralmente é resultado de uma quase patológica carência – que sem querer ser machista aplico à maioria das mulheres, mesmo as mais inteligentes; o diferencial é que estas últimas, veladamente, conhecem-na. Mas, vamos ao texto de fato. Acabo rindo de decepção ao perceber o fajuto jogo de sedução de alguns de minha espécie (considero, comportamentalmente, homem uma e mulher outra – e não trata-se de uma “guerras dos sexos” superficial; portanto, não me venham com “darwinismo” - pois desta água (Darwin) eu bebo muito antes de muitos terem nascido); a exposição de sentimentos bipolares, ou seja: a exposição da insegurança, é o que um homem não deve demonstrar de forma alguma. Já disse, baseado em “Pondé”, que o tripé da “autoestima” é composto por saúde, afeto e grana – e autoestima, no jogo de sedução, é segurança. Muito difícil manter as pernas deste tripé rígidas e inexoráveis, mas assumir uma postura “carente”, para um homem, é o fim. Mas aí vêm os de hermenêutica equivocada (eufemismo para “burros que não entende nada”) e corroem toda a inteligência da lógica do sucesso “alfa”. Na linguagem da maioria: é óbvio que uma “cagadinha” (indiferença) é mais do que necessária em uma conquista que pretende se edificar, mas “diarreia” (entenderam, claro) – indiferença total, caso funcione, será apenas com pessoas carentes em demasia. Não gosto da palavra “equilíbrio”, me dá uma sensação de “bundamolice” (termo que o roqueiro “Lobão” usa com frequência) – como diz o velho mais doido da literatura espiritualista (ou antiespiritualista), o “Osho”: “Quem está sempre do lado esquerdo, está errado; quem está sempre do lado direito, está errado; quem está sempre no meio, está morto” - a sedução é um jogo de surpresas e incertezas. Se você não conseguir ser você, com toda autonomia, com toda idiossincrasia, com todos os subjetivos defeitos e com toda a normal e necessária inflexibilidade (não total, oquei?), você não vai ser desejado por quem realmente desejas. Vai arrumar uma legião de desesperadas, no máximo. O mesmo acontece se você não conseguir interpretar teatralmente alguns carinhos. Como conquistar alguém se você se demonstra completamente dela (ou dele, isso não é problema meu)? Como conquistar uma mulher inteligente e desejada se você a ignora de vez? É meu amigo, não deixe para aprender quando teu corpo, sozinho, não mais cativar ninguém. O amor, o verdadeiro, vale a pena – mas desde que não o fira ontologicamente. Aprendeu?