sábado, 30 de março de 2013

Flato

E (quando) vais perceber que os gênios só o são por habitarem palpáveis solidões piores que a tua - encher linguiça fora arma contra as efemeridade e insignificância; vislumbrar a morte, ou melhor: saber que se vai morrer, esfrega em qualquer fuça a grandiosidade análoga a de um feijão em meio a orelhas, pés, bacons e carnes-secas. Menos, muito menos que isso. Por mais que leias, que escrevas, estudes, pratiques o bem, converses...; por mais parasitas semelhantes que a ti consumam, serás nada - quando pensares Nela (a Morte), serás resíduo. O egocentrismo será duramente ilegitimado. E a certeza da intransponibilidade da solidão não servirá nem para enlouquecer. A ciência da mediocridade silencia. Tomos grossos e filosóficos foram perda de tempo, posto que (f)Filosofia é meramente e maravilhosamente pessoal. Só nos resta perder tempo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Treino, Logo Existo...

Antes, um prelúdio (pleonasmo licenciado poeticamente): Aos preguiçosos(as) oportunistas que querem um corpo de "Conan" com "atividade" de um leão-marinho - digo para não se animarem. Quero deixar claro, também, que detesto tópicos como "pesquisa mostra que...". Ao texto. Grosso modo, somos cérebro. Até as dores no dedão-do-pé são cerebrais - não precisamos nem do dedão para nele sentir dor. Mas não é de pé que quero falar. Alguns artistas do teatro (também) ensaiam em pensamento, vislumbram (quase, posto que imprevisibilidades são de praxe) tudo o que irá acontecer: suas falas, movimentos, silêncios... Costuma dar certo. Há poucos dias li uma matéria sobre a ciência que envolve os exercícios. Nenhuma novidade, além dos nomes científicos de determinadas regiões da massa cerebral. Mas tudo o que escrevi até aqui foi para chegar na seara dos esportes. Para alcançar a "inteligência muscular" é preciso repetições, ou seja: treino. Não é em vão que lutadores repetem obstinadamente seus golpes e/ou "posições" (corroboro o que disse no primeiro parágrafo), mas treinar mentalmente ajuda (oquei?) bastante. A inteligência muscular, como tudo em nós, é cerebral - apesar de muitas vezes o corpo aparentemente "pensar" antes do cérebro. Em reflexos, decisões corporais em centésimos de segundo. Para ilustrar: Ontem, eu quase bati a porta no meu pé, mas mesmo assim senti a dor que a batida causaria. Daí nasceu a vontade de escrever este texto. Não vou alongar-me, mesmo porque meu texto já ultrapassou os cento e quarenta caracteres que o povo "urgente" e preguiçoso costuma suportar. Bom treino. Mental e físico, é quase a mesma coisa, mas não é: pensar não lhe dará condicionamento, físico atlético e força. Quase em tempo: usei o "Conan" para os dois gêneros porque as mulheres da maromba não querem mais corpos femininos. Triste.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Ensaio Sobre a Cegueira intelectual

Confesso-me perdido, cego cognitivo - verve esquizofrênica, louca - chega de eufemismos. Criatividade perdida em minha nuvem neuronal, sinapses a distância. Criações, mesmo quando fictícias, nascem de sentimentos; em qualidade, tanto faz se dos melhores ou piores. O gênio em paz o é e não - tormentos distinguem um texto de um poema. Ensaios poéticos são a meta salutar de de um intelecto artístico. Destramar ideias antes que os nós ceguem, mas usufruí-las amassadas e aparentemente confusas - obviedade é para iniciantes. Como o sexo diante do amor. A sã consciência de cuja fujo afastaria-me temporariamente dos insanos que me leem, mas a porção Narciso de minha existência traz-me aqui com este texto paradoxo a sua essência. Há um crocodilo na minha parede.

terça-feira, 12 de março de 2013

Você

Ele(a) é louco(a)! Já notaram o quão genérica é tal afirmação? Percebem o prazer quase orgasmático que propicia aventar essa direta? E, o ponto principal deste ensaio, conseguem enxergar o efeito "espelho" na maioria das vezes em que atacamos com essa retórica acusativa? Pois é, meu povo, geralmente, o que detestamos em alguém é o que nos é insuportável em nós mesmos. Qualquer pessoa atenta ao comportamento humano nota o "tesão" que um ex-fumante tem em atacar quem fuma; a alegria sádica de uma pessoa que perdeu alguns quilos quando investe contra os gordos (investida riquíssima em disfemismos). Nas relações de afeto espiritual e carnal, o reflexo é menos evidente, uma "casa dos espelhos". Nosso cérebro tem, grosso modo, a função de coonestar tudo o que fazemos e pensamos, a culpa por fracassos é sempre de quem está dividindo uma vida com a gente. Pessoas extremamente carentes que reclamam de falta de atenção, muitas vezes camuflam o medo (doentio) de perder tal afeto a ponto de cegarem-se para o amor cotidiano que lhes é dispensado, creem que sem "eu-te-amo" amiúde não há amor, que sem afagos (ininterruptos) na cabeça não existe parceria. E com esse comportamento insuportável, muitas vezes acabam afastando quem lhes ama de fato. Resumindo: por culpas nossas perdemos e acusamos. Eu amei demais, mas por conta dessa carência acabei sufocado e investi no êxodo. Ou será que só estou jogando toda a culpa nela?

quinta-feira, 7 de março de 2013

Aço Besta

Argumentar quase sempre é inócuo - ontologicamente, as pessoas só veem e ouvem o que querem; e ainda contamos com o apoio neurológico: nosso cérebro chega até a mudar o passado para coonestar nossas posturas. Somos todos inflexíveis, que sejamos, então, seres inteligentes e cultos para que ostentemos "arrogância" fundamentada; burro e teimoso é muito brega.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Queremos Banana

E somos muito mais "bicho" do que imaginamos - Darwin está presente em comportamentos como "achar o Neymar lindo (é muito mais profundo que o fato de ter grana - dentro de campo ele está vencendo as batalhas contra os machos concorrentes - seleção pura! - sábias fêmeas), desejar o vocalista da banda em primeiro lugar (¹aparentemente, ele é o líder da matilha - por mais feio que seja); e até mesmo quando as mulheres buscam os homens mais inteligentes - selecionando, instintivamente, para a reprodução. Dinheiro atrai, mas somos muito mais macacos do que oportunistas. O tesão é diretamente ligado à evidência, seja ela qual for. ¹Aparentemente, posto que um ser que, muitas vezes, não sabe o que é um "DO MAIOR" não tem capacidade para arregimentar e dirigir um grupo de músicos.