Partir da mediocridade ao conhecimento não mais é oportunidade, é dever.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Na Outra Ponta da Guia
Algumas ideias absurdamente inverossímeis custam a fazer com que as absorvamos de fato.
Como já houve (mas nunca com tanto afinco) com cães das raças “Doberman”, “Rottweiler” e até mesmo com os policiais “Pastores Alemães” hoje o “Pit Bull” sofre grande discriminação por puro desconhecimento de causa, concisamente: por ignorância.
Estatisticamente, “Poodles” mordem muito mais que todas as raças discriminadas juntas; mas pelo pequeno porte (raramente causam estragos consideráveis) e por não terem um “clã” de odiadores, raramente viram notícia. Qualquer cão pode morder e/ou manter (possuir) um temperamento agressivo – aí entra o dono e os profissionais do comportamento canino. O problema é que, para educar um cão, o dono precisa saber mais que ele... O ocaso encontra-se na outra ponta da guia.
As pessoas costumam achar lindo um cão de pequeno porte mordendo os pés dos visitantes, mas um cão marginalizado (entre eles o Pit Bull) não pode nem rosnar para defender seu alimento ou território. Qualquer cão merece respeito, se ele for forte chega a ser burrice desrespeitá-lo.
Agora, uma pequena digressão (que nem é tão digressa assim): abomino as pessoas que deixam seus cães soltos nas ruas correndo atrás de carros e avançando em cães que passam de coleira com seus donos. Vira e mexe, o meu “Pit Bull”, assim como o meu “Bull Terrier” são atacados. Não reagem, mas mesmo se quisessem, a focinheira impediria. Peço de coração que os donos de cães mantenham-nos em casa e passeiem com eles. Além de perigoso para o cão, é perigoso e mal educado para com os transeuntes e motoristas. Dar “comidinha e água” e depois largar o dia todo na rua é fácil.
Bom, voltemos aos “assassinos”. Agora há até projetos de lei querendo extinguir algumas raças – projetos simplesmente vis e absurdos. Creio que o insucesso é garantido.
Tenho muito mais o que escrever, mas para que todos leiam meu texto (esse eu faço questão, por motivos solidários) quero terminar com um pedido: quem for dono de um desses cães “discriminados”, por favor, coloquem a guia mais a focinheira e saia ostentando a beleza, o controle e a educação do seu amigo.
Tchau-au-au.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Dedo na Garganta
Anda quase que insuportável viver esse modismo (espero que muito breve) do politicamente correto. Agora, querem que a lei interfira no paradoxalmente saudável comportamento maldoso das crianças – não faço apologia ao “bullyng” (como é boba essa mania de “extrangeirizar” tudo), apenas acho que as maldades pueris devem ser combatidas em casa e na escola. E que se a lei interferir no aprendizado prático da vida, criminalizando deboches e exclusões (naturais desde que o mundo é mundo), terá que descriminalizar todo o mau comportamento adulto. Me preocupa o fato de meu filho chamar um gordo de “gordo” e virar meliante. Da mesma maneira que temo que alguém vire bandido ao chamar meu filho de branquelo. Quanta bobagem. As pessoas querem segurança, isso é ontológico; mas no mesmo nível querem liberdade. Essa “segurança” de deixar tudo para a justiça resolver (cômodo, também, não?) aprisiona. Querem que os problemas mais íntimos sejam resolvidos por leis – querem se meter em nossas casas, em resumo. A segurança está em um polo e a liberdade em outro – aproximando-se de um, afasta-se do outro. Nossos descontentamentos com o casamento ou com a “solteirice” retratam bem essa filosofia.
Preciso vomitar.
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