sexta-feira, 23 de maio de 2014

Adeus, Oi.

O amor é uma experiência anímica cíclica e líquida: constrói, destrói, constrói... 
Nasce belo e perfeito; morre cansado e desesperado pelo próximo (que será melhor). Nasce novamente, morre... 
Os casamentos não se desfazem a miríades pela pela falta de amor - é que hoje distanciar-se de quem te cansa animicamente não mais é imoral, tão pecaminoso e criminoso. 
Creio que Fábio de Melo tem razão: só edifica-se em boa base o relacionamento pensado (antes do início) no presente e no futuro: olhando com calma as possibilidades e adequações - sem o fervor lascivo e doentio (ficamos retardados, não?) da paixão. Esse amor vai cansar, como todos, mas permanecerá.

Insípidos

Os fantasmas oriundos de afetos recém ou mal terminados nos assombram. É como se nossa alma dormisse de luz acesa. 
Buscar a indiferença (pois ódio, nesses casos, geralmente não passa de amor inconformado) é um longo e duro caminho - é a sabedoria que nos permite tacar o dedo no interruptor. 
E acharemos, claro, um afeto melhor que o que não deu certo e pior que o próximo. Somos assim. Afetivamente líquidos.

Oportunismo

Não sou contra greves: dentro da lei, planejada e deliberadamente, tudo é legítimo. 
Agora, foder a vida de vários seres usando um diabólico oportunismo reivindicatório acerca do "não vai ter copa" é desumano. 
Muitos destes canalhas estarão de verde e amarelo, sentados ao sofá, com a cervejinha e irritantes cornetas aguardando o primeiro apito quando o "espetáculo" começar. 
Você sabe o que é esperar por uma consulta médica por mais de seis meses e no dia não ter com chegar a ela?
Vamos ferrar quem nos ferra, não quem se ferra com a gente. E há maneiras inteligentes, eficientes e legais para isso.
Em tempo: a cara de "surpresos" dos governantes (o Haddad em especial) é de madeira de lei.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Mentira (in)útil

A mentira inútil chamada poesia só é bela por assim ser. Faltam mentiras enlevadoras, inutilidades. 
Está tudo cinza, banhemo-nos em cores falsas que saem com água e sabão.
Basta-te a vida?

terça-feira, 13 de maio de 2014

Rei de Copas

Esses protestos acerca da Copa da Fifa (para a maior parte dos protestantes) não passam de oportunismo (para greves, reivindicações pessoais disfarçadas de coletivas e afins); ao apito inicial estarão todos sentados, feito retardados (que são), com as latinhas de cerveja em mãos, de frente à televisão gritando e dando graças a Deus (veladamente, claro - somos todos militantes, não?) por não terem investido a colossal quantia de dinheiro em educação ou saúde.
Depois voltam a reclamar.
Que venha o Mundial de Clubes, que já está em negociação para que aqui aconteça. E o roteiro será o mesmo: oportunismo - felicidade (ópio) e reclamações; é o ciclo num país manipulável;
"País do futebol" - que título vergonhoso. Acho que vou para a Finlândia.