quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ovo e Galinha

O homem que sabe que sabe, desde sua criação ou determinante ponto da evolução, selvagem ou divinamente, sempre procurou um par.
Mas não é de tamanho distanciamento temporal que desejo falar.
Quero falar da iniquidade, a ausência que ausência não é, seria ela a falta de equidade, mas creio que ela nunca existiu (falo de pares).
Antes era o homem que de tudo fazia para subjugar sua mulher, sobrepondo-se.
Respeito medroso não é amor.
Muita água rolou e, hoje, a mulher não tem mais o dever de conviver com um desamado, salvo as dementes algures que ainda não notaram o próprio poder de ser-se.
Divórcios amiudados são naturais, o "felizes para sempre" foi criação social.
Quem suporta se deixar moldar (no limite entre equidade e sequestro da subjetividade) para simplesmente ver teu par feliz é quem "ama". Mas a paixão é dual: quem está apaixonado por alguém é mais apaixonado por si mesmo, o que o torna um subjugador tenaz e auto-vitimante, teatro que acaba por dá-lo a razão, sempre, por mais descabida que seja.
Pessoalmente, vivo as dores e delícias que minha solidão implica.
Mas também sou divino e bicho: preciso de você.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Tente

[Sobre o afeto]

"A esperança é uma nuvem diáfana, se operante permite que desça a luz; se inerte, que as trevas alcem voo."