terça-feira, 9 de setembro de 2014

Já Foi

"Urgente mesmo é ter calma" (Fábio de Melo).

Como a pressa e a impulsividade são destruidoras... Apressados não sentimos o sabor do que nos alimenta, apressados nos colocamos em risco no trânsito, apressados não percebemos um olhar carinhoso, apressados não notamos um potencial (afetivo ou não). E a pressa anda de mãos dadas com a impulsividade: comemos mais, brigamos por situações banais, atacamos quem nos acaricia e rompemos até mesmo com o amor.
Estou apressado para acalmar-me.

Obstinados

Inútil porfia... 
Encarcerar-se em liberdade, voar todo o subterrâneo. 
Colorir o cinza que insiste em renovar-se; vislumbrar o pouco provável.
Alegrias paliativas, renovações interinas. Fastígio no escuro.
Quem pode salvar-se de si mesmo? E como o querer? 
Simbiose com o cotidiano repelente - dores, flores. Alma doente. 
O trágico na vida é seu início. Sístoles, diástoles - tolos movimentos; amar, odiar, querer, não desejar... Faça-se breve, vida; chegue em breve, morte. Ou não?
Polos visitados constantemente; vontades, fomes, ânsias e asias. E vem a alegria.
E vai.
E vem.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

1,2,3,4,5,6,....

Ser feliz... Quem me diz?
Só acredito na "felicidade" (sou obrigado a usar esse termo, é um consenso - faz parte do inconsciente-ignorante-coletivo) se fragmentada: digladiar a cada segundo com o mundo e com nós mesmos em busca de momentos de paz. 
Discutir relação com a Solidão para poder ter (e manter) em quem confiar, a quem amar; e o mais difícil: deixar ser amado. Como é difícil pertencer sem documentos, sem garantias... 
Mas é para isso que aqui estamos - para dar sentido a vida, que nenhum faz, sofrendo, amando, estando em paz, evoluindo... , e deixarmos sob pás de terra.