quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Velado

Não fala-se em "rinhas" hoje em dia, seja entre cães, entre galos..., ou entre (nesta muito se fala) homens (transformaram o melhor evento de artes marciais mistas num circo análogo ao Coliseu de Roma - somado com a inexorável vaidade contemporânea e a mídia sempre persuasiva) - mas elas estão por aí.
Sempre há demônios que usufruem o "Schadenfreude" ("deleite com o sofrimento alheio", em alemão), geralmente escondidos - a legislação teve uma sutil melhora em relação a maus tratos para com animais. 
Na verdade esta postagem é um pedido: qualquer crueldade com os bichos, 190.
Silêncio é cumplicidade.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vara

"Bagunçar" é bom e eu gosto (muito).
Mas a farra deve ser quantificada - ou a vida se resumirá a ela, assim, quando dela fora, o ser se sentirá um lixo e se arrastará feito um verme.
Já carregamos um cadáver nas costas; é preciso amarrar uma bola de ferro, como as dos desenhos animados, em uma das pernas? 
Cada um conhece (deveria conhecer) sua idiossincrasia, mas baseado na minha eu calculo que 80% do tempo para os significados (ser um bom pai, um bom profissional, um bom atleta...) e 20% para a "esbórnia" é um bom produto para essa contabilidade. Claro que oscilamos, tropeçamos... Mas sem cair voltamos à trajetória na corda em cuja nos equilibramos e nos sentimos bem.

Viagem Alvissareira

Ler... Hábito saudável, necessário, e cada vez mais difícil de incentivar.
Existem os tédios objetivo e subjetivo: o objetivo provém de leituras de fato ruins, textos mal escritos ou sem conteúdo; o subjetivo depende do interesse do leitor - ou seja: é muito entediante ler o que pouco nos interessa.
Disse isso tudo para chegar nos filhos; chegará uma hora que serão obrigados a ler textos subjetivamente desagradáveis, mas enquanto essa hora não chega, ofereçamos histórias e estórias que os agradem - e cabe ao pai garimpar e experimentar. 
Depois de mergulharem nesse bom vício, o de ler, nem o tédio objetivo os impedirá de "comer" letras. O que será ótimo para os futuros e temidos vestibulares.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Danoninho

Creio eu, no auge dos meus poucos ou muitos trinta e cinco anos, que nunca a imaturidade foi tão homogênea.
Talvez pelos chocalhos travestidos de "smartphones", dos caminhões e bonecas em forma de "tablet" e do pega-pega  com o pomposo eufemismo de "rede-social". 
Filmar um moleque provocando um tigre (smartphones), deixar o filho comer besteiras o tempo todo e jogar virtualmente a ponto de constituir uma simbiose obesa com o game só para poder com pinças digitais ampliar e bisbilhotar as carências alheias, sem "encheção-de-saco" (tablets e redes-sociais) ou mesmo se tornar um solitário cheio de amigos (a imaturidade faz da "rede" uma multidão de solitários) é  coisa de gente adulta?
Quantos acidentes ainda vão acontecer por desatenção? Por pedidos de atenção (não duvido que o pobre menino que passará sua vida sem um braço queria mesmo é uma boa e deliciosa repreensão, ou seja: atenção do pai)? 
Certa feita, meu filho queixou-se de que eu quando estava com a latinha na mão (cerveja) não o dava atenção; os dois (ele e a lata) nunca mais se encontraram. 
Voltando à tecnologia (evolução que veio involuidora) - conto nos dedos de uma mão os que me servem no Facebook (como exemplo), já cheguei a dizer que nele eu sou um garçom.
É ótimo ter momentos para idiotices relaxantes, legal registrar e postar momentos bons... Mas se a responsabilidade de ser adulto for engolida pela diversão, a imaturidade está posta. 
Brinco bastante na internet, mas divirto-me muito mais nos meus treinos, nos meus estudos, no cansaço que meu filho causa, com meus cães... 
Experimente crescer - nem é tão ruim assim.