sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cães Fortes - Dicas Contra Acidentes e Injustiças.

Um pequeno prelúdio: Antes que algum desinformado faça críticas acerca de eu ser “metido a entender de tudo”, já aviso, e quem me conhece disso está ciente, que sou apaixonado por Música, lutas e cães desde antes de muitos “inteligentinhos” migrarem do escroto do papai para o útero da mamãe. Bom, eis, a seguir, o texto. Em primeiro lugar: as raças são obviamente diferentes – não por ferocidade ou paspalhice, mas por tamanho e força. Basicamente, um cão grande pode fazer um estrago maior (vale relativizar o tamanho do cão em relação à “vítima” - um poodle é um Pastor Alemão para um bebê). Falando em crianças, sabemos que além de lindas elas são “pentelhas”; deixar uma criança, sozinha, com um cão forte é negligência – sempre permito que meu filho de cinco anos e meus sobrinhos de sortidas idades usufruam os carinho e amizade do meu Pit Bull, mas, necessariamente, sob minha supervisão. Meu cão é forte o bastante para, brincando, jogar meu filho longe – e meu filho é pentelho o bastante para tirar o tonto do meu cão do sério. Não incomode seu cão enquanto ele se alimenta – você gosta de alguém te atazanando durante o almoço? Cães não tem mãos, tudo é resolvido com a boca – pegar, jogar longe ou mesmo morder por morder (cães também ficam estressados). Educação: é preciso, desde o mais cedo possível, educar (adestrar) seu animal para que ele saiba o que é da ossada (trocadilho pertinente) dele e o que não é – e sempre: não é “não”! Essa história de “às vezes pode” deixa-o maluco; a menos que você tenha competência para fazê-lo entender que sob seu consentimento (um sinal ou palavra) ele está liberado. Alguns cães não toleram companhias caninas, portanto, a menos que um profissional esteja por perto para socializá-lo, não insista em arrumar-lhe amigos. Maus profissionais metidos a treinar cães para “ataque” podem estragar o temperamento e o juízo do animal. E o básico, que propositalmente deixei para o final (deste texto, porque essa história vai longe): Dê carinho, alimente-o corretamente, não o deixe preso em correntes e passeie com ele. Assim, será muito difícil teu cão te dar problemas; mas se der, um profissional resolve. Abandonar ou sacrificar é uma atitude besta e cruel. A culpa, como já disse, geralmente está na outra ponta da guia. Seja mais inteligente que seu cão. Em tempo: use a focinheira quando necessário – não corrobore o ódio dos idiotas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Breve Pensamento Humanitas

Nosso estado natural é a indiferença - quando nos fazem um favor, valerá por muito mais tempo para quem o fez; cito dois motivos principais (que aprendi com Joaquim Borba dos Santos - patrono do humanitismo): primeiro porque nos sentimos bons, e segundo porque nos sentimos superiores. Quando necessitamos de um obséquio, alguma coisa, de uma forma ou de outra, nos incomoda. Imagine, exemplo dado por Quincas no livro póstumo do Brás, um cinto apertando muito tua cintura, alguém vem e desata-o - pronto, você vai sentir momentos de alívio, mas logo voltará à indiferença. É por isso, também, que vemos tanta "ingratidão" - entre aspas porque baseado nesta filosofia acima nada é mais natural do que a desvalorização cronológica dos que nos serviram.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Macaco Medroso

Jamais serás feliz. Não se preocupe, ninguém alcança o que não existe – apesar de estar sozinho no imbróglio sem sentido que é a vida, você está acompanhado de uma multidão de solitários. A quimera nomeada de “felicidade” dependeria de quase incontáveis fatores, eis aqui o resumo estoico deles: segurança e liberdade. Imagine uma estrada (que analogia pobre, não?), pronto. Agora, em um extremo imagine a cidade Segurança e no outro, a Liberdade – para se aproximar de uma você se afasta da outra. E confie em mim, eis a vida. Não estou, como dizem os mais velhos e, inevitavelmente, sofridos, que teimam (e eu respeito muito) em viver, tirando essa teoria do “nariz” – teses incontestáveis e riquíssimas sobre o tema já foram discutidas e enfiadas goelas abaixo por gente como o sociólogo polaco “Zigmunt Bauman”, gênio da filosofia aplicada. A liberdade custa a falta de segurança, de amparo. Além de obrigar-nos a decidir por nós. Parece raso, não? Pois não é... As pessoas aprisionam-se, seja em casamentos, em trabalhos ou qualquer cotidiano ortodoxo, para ter segurança; e isso é bom, desde que aceitem que a liberdade nunca foi uma boa e relaxante idiossincrasia. Do contrário, crises profundas e sofrimentos (espirituais e físicos) serão triviais. Analise a segurança versus a liberdade em qualquer âmbito da existência – além de ser um bom exercício, fará com que concorde quando promovo a incompatibilidade contemporânea entre elas. Seja na política, seja na vida pública, seja no amor, seja onde for – Quanto mais segurança, menos liberdade. E isso aniquilará essa pueril fantasia da felicidade plena. Nós, adultos, já estamos cansados de saber disso, mas é muito mais profundo do que parece. O medo (direta e inevitavelmente ligado à segurança e à liberdade) nos é uma herança antiga e poderosa inconscientemente. É preciso falar de darwinismo: já fomos presas, alimento... Animais pequenos, de mandíbulas pequenas, jogados noites e dias (acho o dia mais “sinistro”) a céu aberto, trovoadas, tempestades... Fica fácil perceber que a liberdade nos assusta – ela nos distancia da segurança. A nossa arma que sempre foi a “inteligência” criou prisões mimetizadas aos tempos e gerações, uma delas é o que chamamos de “relações” – seja entre amigos, parentes, enamorados... Ou você aceita sentir-se seguro e preso, ou aceita ser livre e em constante pânico. Feliz, meu filho, nem f...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Interlúdio

Se queres meu amor, a verdade te digo: não desejo-te alegrias, salvo quando junto a mim. A presença do nós, esse ser que faz apossarmo-nos um do outro, é fundamental para a metafísica poética que chamamos de nosso amor – pelo menos a certeza de mim em teus obsessivos e serenos devaneios triviais, como alguns chamam de “pensamento”, é alimento para a enrugada alma concisa pelas cicatrizes advindas da incerteza. A monotonia da paz solitária castiga tanto quanto os mais torturantes tormentos causados pelo natural ódio que, vez ou outra, irrompe os momentos dos enamorados. Natural associar-te a cotidianas situações e objetos – quando se ama, em tudo, sadicamente, damos um jeito de enxergar quem nos falta. Nada me é tão satisfatório quanto digladiar com você por o que mais me importa: ti. Vem...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Na Verdade Tudo Esconde...

Por fazer parte deles, dedico atenção especial ao comportamento de blindagem ativa que alguns tímidos assumem. Tal “personalidade” não permite, assim odiando quando acontece, qualquer tipo de surpresa. Não sei dizer se trata-se da maioria, mas grande parte dos tímidos costuma irromper qualquer local e momento a que se sujeitam – sendo criadores e mantenedores do “foco”, dirigindo-o como um diretor faz com uma peça teatral - evitam que alguém ou alguma situação se aposse do momento e o “devore”, desprevenido, com a faminta e enorme mandíbula do desconcerto casual. O momento da encabulação é a representação do inferno para uma pessoa tímida – para evitá-lo valem as mais “desavergonhadas” atitudes, paradoxo simples de ser compreendido: sendo o dono da situação e frequentando o pico da extroversão, dificilmente os olhares e assuntos em voga sairão de seu controle. Vale a pena separarmos os tímidos dos inseguros, a autoestima (juro que não entendo este termo, já que está diretamente relacionado à estima que outrem nos dispensa) em dia é fator decisivo para o sucesso, ou não, da manobra inteligente de uma pessoa tímida impôr, de nuca ereta, suas personalidades e ideias. Em suma: nada melhor a um tímido do que as arrogância e liderança, que de certa maneira estão inevitavelmente ligadas; bom, isso desde que se deixe a hipocrisia de lado. Uma dica: é mais fácil achar um tímido chamando a atenção com suas inteligência e irreverência do que de pernas cruzadas aguardando sua vez de falar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cada Vez Menos

Dia oito de julho do ano de dois mil e doze (ainda nos resta a esperança de tudo acabar antes da próxima "virada"), domingo, dia oficial do ócio, resolvi me maltratar lendo um livro com a TV ligada no "Domingão do Faustão". Não esperava que o castigo seria tão doloroso: primeiro me entra, comemorando o próprio aniversário, um grupo de pagode que ditou moda (estilos surreais de vestimentas) e conseguiu acabar com o que o Samba tinha de bom (ontologicamente falando), deixando um legado que nos atormenta até hoje; mas isso não foi nada - numa manobra de "marketing" muito explícita, começam a entrar famosos (fazer o quê?) "artistas" tão ruins quanto como se fossem "fãs" e amigos de longa data. Até que, a punhalada final, entrou o "maior artista brasileiro reconhecido mundialmente", segundo o apresentador (e o pior é que no momento ele tem razão): Michel Teló. A tentativa de dueto em terças com o "excepcional" cantor Luís Carlos provou-me que o nojo que sinto não é só mera implicância. Realmente, eu subestimei a capacidade humana de involuir. Em tempo: ainda bem que no mesmo domingo ainda assistiria o riquíssimo "Café Filosófico", na TV Cultura.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pesos e Medidas

Com a petulância que meus mais de trinta (pouco mais) permitem, vomito a ira que sinto quando preciso fazer-me de inferior para com pessoas incontestavelmente inferiores. Este meu manifesto não é um simples e raso desagrado para com “chefes” - mas, sim, uma coonestação da esquizofrenia que me é causada pelo poder que imbecis sobas detêm. O pragmatismo do ensino que não ensina (esse que nosso Brasil conhece bem) é o maior método de avaliação intelectual – pessoas são classificadas como inteligentes pelos absurdos que decoraram e/ou por postos que ocupam (de bocas fechadas) graças a algum apadrinhador. Tentando se adequar à imbecilidade, pessoas preparadas perdem algumas oportunidades; portanto, é melhor deixar claro que a incompatibilidade para com determinado cargo é causada pela extrema superioridade a ele e aos “superiores” que avaliam. Caso o cargo e o avaliador sejam muito para você, saia quieto como um guri borrado.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Vísceras

‎"Estranhamente acomodo-me no limbo de tua ausência; o inferno gelado da distância refrigera-me as assimétricas cicatrizes que o inverno escaldante de tua presença tatuou em minh'alma. Mais prazerosa é a solidão quando capazes somos de topar e reconhecer a nós mesmos. Qualquer vida, desde que seja a minha, é melhor do que a tua, do que a nossa... Não te digo que não há tua falta, mas que dela não abro mão. Enfim, só".