Partir da mediocridade ao conhecimento não mais é oportunidade, é dever.
terça-feira, 12 de março de 2013
Você
Ele(a) é louco(a)!
Já notaram o quão genérica é tal afirmação? Percebem o prazer quase orgasmático que propicia aventar essa direta? E, o ponto principal deste ensaio, conseguem enxergar o efeito "espelho" na maioria das vezes em que atacamos com essa retórica acusativa?
Pois é, meu povo, geralmente, o que detestamos em alguém é o que nos é insuportável em nós mesmos. Qualquer pessoa atenta ao comportamento humano nota o "tesão" que um ex-fumante tem em atacar quem fuma; a alegria sádica de uma pessoa que perdeu alguns quilos quando investe contra os gordos (investida riquíssima em disfemismos).
Nas relações de afeto espiritual e carnal, o reflexo é menos evidente, uma "casa dos espelhos". Nosso cérebro tem, grosso modo, a função de coonestar tudo o que fazemos e pensamos, a culpa por fracassos é sempre de quem está dividindo uma vida com a gente. Pessoas extremamente carentes que reclamam de falta de atenção, muitas vezes camuflam o medo (doentio) de perder tal afeto a ponto de cegarem-se para o amor cotidiano que lhes é dispensado, creem que sem "eu-te-amo" amiúde não há amor, que sem afagos (ininterruptos) na cabeça não existe parceria. E com esse comportamento insuportável, muitas vezes acabam afastando quem lhes ama de fato. Resumindo: por culpas nossas perdemos e acusamos.
Eu amei demais, mas por conta dessa carência acabei sufocado e investi no êxodo.
Ou será que só estou jogando toda a culpa nela?
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