terça-feira, 3 de maio de 2011

Feminina Sabedoria


Somos os únicos animais dotados de razão: somos inteligentes, pensamos e temos uma maneira prática e eficiente de comunicação. Mas é só: somos pequenos, ouvimos mal, enxergamos pior, não voamos, não temos força no maxilar, somos lentos e nosso instinto é ínfimo. Há algum tempo éramos o almoço de animais irracionais. Sim, sou Darwinista antes de qualquer outro rótulo que queiram me pregar, e como tal falarei.

Acredito piamente que a causa de muitas angústias, depressões e inseguranças seja o medo. Antes de qualquer coisa, somos animais, e animais franzinos cuja única arma é pensar. A consciência dessa fraqueza nos atormenta, como sempre foi. Mas o fato é que pensar foi muito mais eficaz que força e /ou “superpoderes”, nossos antepassados (principalmente as mulheres) colocaram-nos no topo da cadeia alimentar com uma poderosíssima estratégia: a seleção. Machos fracos, medrosos e incapazes eram descartados, reproduzir era somente para os “campeões”.

Mas isso tudo foi só pra poder me dar base para o que realmente quero escrever, as mulheres insuportáveis conhecidas como “fanáticas feministas”. Não coincidentemente li um texto, hoje, de Luis Felipe Pondé que falava do mesmo assunto.

Acho lindo ver o mundo profissional recheado de mulheres, primeiramente pela estética dos ambientes (já disse que sou um animal) e depois pelo sucesso que obtiveram depois de anos de repressão, sofrimentos e lutas. As mulheres são muito mais capazes que nós homens em muitas (leia muitíssimas) funções e situações, fico feliz por terem, depois de digladiarem contra o mundo, conseguido reconhecimento e a partir dele o espaço que conseguiram. O que não me deixa feliz é o ódio que algumas “radicais” trazem em seus discursos. Mas como a maior parte delas é composta por mulheres feias e mal humoradas, não dou tanta importância assim. Algumas delas acham que um batom na boca é uma ofensa ao “movimento”, risadas. Essas querem que as mulheres virem homens, não vejo vantagem nisso. Como é sensual uma mulher bem cuidada dando ordens, expondo ideias, resolvendo grandes problemas... É gratificante você olhar pra uma mulher e saber que ela não depende de você – já aviso que não se trata de “muquiranisse” e sim de admiração. Mas meu amigo, não entenda isso como um “não quero depender de você”, elas vão sempre querer que você abra a porta do carro, troque a lâmpada e pague a conta. Seja pobre, deprimido e inseguro que acabarás seco ou sozinho. As mulheres sabem, como nenhuma outra espécie, selecionar. As mulheres realmente feministas (as que gostam de homens, são carentes assumidas de afeto e são emancipadas) sabem mais ainda.

Se você tem dinheiro, é bem resolvido e seguro de si vai se dar bem entre elas, a menos que não queira; mas entre dinheiro e segurança, que falte dinheiro – um homem seguro de si exala sensualidade. Como já disse em outro texto, as mulheres erotizam a inteligência, você não precisa ser rico nem bonito (claro que vai dar mais trabalho) pra ser desejado. Ainda temos o “Cronos” como vantagem: perecemos mais paulatinamente, o que nos dá um vasto “repertório de idades” pra “trabalharmos” nossos afetos. Mulheres, inteligentes ou não, têm a libido ativada ao deparar-se com ideias, a inteligência é para a mulher o que uma anca é para o homem. Sábias mulheres. Confesso que como homem me enquadro nessa afirmação, mas do mesmo jeito que a beleza atrai um homem, a vazies espanta. Nem os homens burros querem burras mulheres.

Gostaria de terminar esse texto ofendendo as chatas e neuróticas “radicais”, mas vou elogiar as independentes, bem arrumadas e carentes afetivas (as normais) mulheres que tanto me fascinam:


Meu amor, meu amor – nunca te ausentes de mim - para que eu viva em paz, para que eu não sofra mais - tanta mágoa há sim - num mundo sem você.”


Sem Você – Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Um comentário:

  1. Sou uma espécie de feminista, mas não vejo problema em ser bem tratada pelo sexo oposto, não me importo em dividir a conta no restaurante, nem tampouco em dividir o espaço de trabalho. Vejo a luta feminina como uma busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre homens e mulheres e evoluir para a igualdade entre todos, suprimindo as desigualdades de classe. A mulher foi tomando cada vez mais espaço na sociedade, até nos tornarmos independentes como somos hoje.

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