terça-feira, 22 de maio de 2012

Arte versus Entretenimento

A "Arte" nos permite como interação apenas contemplá-la - um dos principais fatores que contribuem para sua banalização é a incapacidade que a grande maioria tem de distingui-la de "Entretenimento". Sem querer tocar na questão da qualidade (que é óbvia), ontologicamente (se é que possível dizer que esses lixos que tomaram a mídia feito um câncer têm "essência") uma música (Arte) é completamente diferente de qualquer soma de acordes e ritmos que fazem rebolar (Entretenimento). Um belo quadro nós contemplamos; um bom filme, também. O mesmo ocorre com bons livros e/ou textos; e com a dança. Com a Música, a verdadeira, deve indiscutivelmente ser igual. Em suma: não há música boa ou ruim (essa não é música) - apenas há a Arte e o Entretenimento. Eu fico com a Arte. Que fique claro que não condeno o entretenimento - eu mesmo, muitas vezes, me divirto com as "bagunças" institucionalizadas. Não creio que "Bach" seria pertinente numa balada, por exemplo - risos. Mas quando o Entretenimento é tratado com mais respeito (e remuneração) que a Arte - assim infestando o pouco espaço que a cultura tem para sobreviver - aí eu resmungo. Consideraria justo (mas quem disse que a vida é justa?) se ao menos fosse meio a meio (durante o dia, a mídia nos expusesse tanta "Arte" quanto "Entretenimento").

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