domingo, 19 de abril de 2015

Felizes Os Não Convidados

Parecia simples: sorrir ou chorar, aborrecer-se ou se alegrar. Mas elos hão de nascer ou, antes disso, perecer. Ou depois. Que seu ventre seja a chegada, da morte partiremos; viver é o que há entre o amor e o horror; entre a terra e a flor. A face enrugada por um sorriso é a mesma macia e lisa por um medo; do medo à loucura, valiosa, pura... Bons momentos são dissidentes que driblaram a guarda existencial, napoleões esquizofrênicos que sadicamente nos fazem vislumbrar uma utópica felicidade, a mesma santificada pelos tolos. Felizes por assim serem, e só por isso. E felizes. Há sabedoria em conhecer a onipresente infelicidade? É sábio o peixe que sobe a cachoeira? Tolos somos nós, que incapazes somos de sê-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário