Partir da mediocridade ao conhecimento não mais é oportunidade, é dever.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Pois Chorando Eu Vejo...
Queixo-me às rosas, onde está a melancolia que tanto enobrece a função primeira de uma boa história contada em versos e melodias, as canções brasileiras, que é a de sensibilizar e entorpecer?
Onde estão os pais compositores que ao perceberem o desencaminhamento moral/sexual de suas filhas avisam que à beira de um abismo cavado por seus próprios pés elas se encontram?
E os detalhes pequenos que são coisas muito grandes para esquecer? E a tristeza que não tem fim, diferentemente da felicidade?
Percebo, infelizmente, que com tamanha celeuma de bobagens “felizes”, nós, os pensantes, tomamos no “tchu”.
Aviso que o “felizes” está entre aspas pelo fato de não existir real felicidade sem inteligência e conhecimento. Alienação, por mais que camuflada de um alegre carnaval, é triste.
O culto global à alegria burra é um dos piores capítulos sendo escritos na história “evolutiva” da humanidade. Rimar “ai, ai” com “papai” ofende a todos, sem exceção, que conheceram, por exemplo, o poetinha “Vinicius de Moraes”. Já escrevi sobre “arte versus entretenimento”, mas o entretenimento está cada vez mais “feliz” e burro - conseguiram associar porcarias culturais com pornografia, com falta de compostura, com sexo tosco, com desamor. O "belo", hoje, em muitas searas, é ser “vagabunda”, “burra”, “bandida”. Pobres mulheres, essas não percebem o quão desinteressantes se tornam. Uma variação de masturbação.
Que um dia meu filho conheça uma mulher de verdade: sensível, inteligente, educada, culta e bela.
Eu quase que já desisti.
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