segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Grude

Ainda não tenho, nem nunca terei, cabais certezas acerca dos rompimentos de relacionamentos afetivos, poeticamente: do êxodo do amor. Porém tenho conhecimento, mesmo por própria experiência, de uma causa poderosa – o aborto da solidão individual. Ninguém, sim – ninguém!, nem mesmo os mais afetados e patologicamente carentes são capazes (leia-se “suportariam”) viver sem momentos de deserto físico e espiritual; o filósofo (e padre) Fábio de Melo é assertivo e acertante quando diz “Deus me livre de não ter meus momentos de solidão”. Quando um parceiro(a) aceitar (duvido) a frase “Amor, hoje eu preciso ficar sozinho” sem forjar crises de insegurança e ciúme, assim respeitando a individualidade e a melancolia que, também, nos alimentam – é grande a chance de fortalecer seus laços para com o solicitante. É insuportável a “obrigação de querer estar sempre perto” - é asfixiante e irritante. Erroneamente, as pessoas sequestram umas às outras. Concordo que quem ama quer estar perto, mas sem descanso o amor infarta.

Um comentário:

  1. Ontem eu disse a um amigo recém separado da esposa, que eu estou feliz. Sim eu estou feliz sozinha!Sempre tive a minha vida vinculada a uma outra pessoa, um namorado, um namorido, um ficante-fixo, enfim, mas de um tempo pra cá resolvi me assumir como único sujeito da minha vida, e a vida de solteira assumida é ma-ra-vi-lho-sa!!! Recomendo a quem possa viver só, solidão não é sinonimo de tristeza, acredito que seja mesmo de liberdade.

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