quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ensaio sobre a não-filosofia

Há uma corrente filosófica especificamente moralista que por ser antiquada e infantil deixa, para mim, de ser filosofia. Alguns pensadores extremistas creem que um objeto de arte, como exemplo, só o é se além de estético for ético. Um quadro "imoral" não produziria sensações em pessoas que imorais não fossem. Grosso modo: sentiu alguma (boa ou má) sensação contemplando uma imagem de pedofilia, é pedófilo. Será que para rirmos de uma piada de humor-negro necessariamente endossamos a tetricidade aventada? Quanta bobagem... Somos capazes de olhar pela óptica de um crápula sem sê-lo, podemos "entender" e até rir justamente por achar absurdo. Preferes ser humano ou um inquisidor anacrônico?

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