sábado, 19 de setembro de 2015

Bis

Um reencontro, virtual, entre mim e vários seres que costuram o meu passado feliz e pueril - no primeiro grupo social deflagrado em minha vida depois da família. Reparo na leveza dos semblantes nas fotos das fotografias que carinhosa e saudosamente foram compartilhadas; vi-me em terceira pessoa: olhar para nossa ontologia faz-nos notar que éramos, não somos. Ou melhor: somos metafisicamente quem fomos, lá atrás está a nossa essência. A argila que a vida não moldou com sua assimetria costumeira; a pureza no sentido literário..., a vida é uma decantação ao contrário.
Fico muito feliz em ver que já fui puro, inocente... Isso está tão lá atrás em minhas memórias que só os reencontros são capazes de acessá-las.
Sempre de um encontro nasce uma pessoa, a terceira; e um reencontro é uma festinha entre nós seis.
E seis vezes o número de amigos mnemonicamente encontrados é o tamanho da saudade.

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