segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vespeiro

Acabei de dizer a "mamis" que é sadismo manter vivo um ser (nossa cachorra) em situação tão lastimável. Por ela, minha mãe, possuir amor e "cumplicidade" com a múmia (também gosto dela - mas um tanto mais de longe), fui obrigado a elucidar que não é nada pessoal (eu desejar que ela morra): se eu estiver em estado semelhante desejarei que logo parta a meus sete palmos (se eu tiver condições, dou um jeito); se ela, minha mãe, chegar a viver indignamente desejarei o mesmo (mas por motivos legais, não daria um jeito). E se o ser que mais amo, meu filho, deixasse de viver uma vida que valha a pena - com esperança, sem dor, sem humilhação - também desejaria.
Sou uma espécie passiva de assassino da indignidade: cabalmente a favor da eutanásia - inclusa a infantil.

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