sexta-feira, 4 de março de 2011

"Desinterpretação"

Alguém me disse, certa feita, que o microfone tem muito mais poder que a bomba nuclear. Concordo.
A palavra em si detém muita força, ela pode afagar ou despedaçar, erguer ou destruir, iniciar ou acabar.
Nesses tempos de comunicação “cega” em cujos vivemos, onde não vemos as expressões de quem conosco interage, não se ouve as mudanças respiratórias de quem está do outro lado, nem se sabe a que real distância ela se encontra é inevitável que ocorram erros de transmissão ou interpretação de ideias.
O bom humor passa a ser um risco enorme numa conversa virtual, podendo vir a ofender, mesmo que esse sentimento de ofensa seja tão injusto quanto um câncer infantil.
Quando estamos diante de alguém, palavras e gestos (bem colocados) “obscenos” podem soar como brincadeirinha de criança, basta um pouquinho de espirituosidade de quem recebe e um pouco de técnica de quem transmite, mas como fazer uma interpretação correta num bate papo virtual?
Conhecer bem quem vos fala já é um grande passo; acreditar nessa pessoa, outro. Mas o essencial é você acreditar na “imagem” que você mesmo faz de seu "interlocutor", somado a um mínimo ( por mais trágico que seja o assunto) de bom humor.
Gosto muito de escrever e sou muito seguro do que escrevo, mas aqui, por exemplo, tenho tempo de reler e pensar se alguma palavra vai ser mal interpretada e ofender alguém desnecessariamente; muitas vezes é necessária essa ofensa. Mas num bate papo “dinâmico” não temos tempos de “consertar” (entre aspas por que acho estranho consertar o que não está estragado) uma ideia, ou melhor, a maneira com que a passamos. Portanto, queridos amigos, conversem comigo “online” quando estiverem de coração aberto e com uma imagem real de mim.

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