sábado, 12 de março de 2011

Feliz dia da mulher

Ouvi um amigo poeta declamar “O Diabo veste verde, usa saia e beija bem” cerrando assim seu poema. Por tratar-se de um homem vivido, estudado e sensível, ficou explícita a analogia com uma mulher, uma das que desejou e teve ou apenas desejou . Aposto na primeira alternativa.
Com a chamada “Revolução Feminista”, alguns clichês mudaram de gênero: hoje é o homem quem espera o príncipe encantado, quem quer se casar e, mais ainda, quem quer encontrar alguém que queira se casar. Nessa tal “revolução”, a primeira lei é que a mulher não pode ser mulher: não pode ser carente de afeto, não pode ser sensível e muito menos amar um homem. É a velha história do sapo com o escorpião (se você não conhece, muito sinto, não estou afim de escrever agora), onde mostra-se a idiotice que é lutar contra sua “natureza”.
Mas como essas “radicais” geralmente são horrorosas e burras (pois é, mas julgam-se geniais e revolucionárias), não importo-me muito. Imagino o vazio existencial de uma mulher que “odeia” homens, no fundo tenho pena (mentira). Privar-se de companheirismo, sexo saudável, carinho e infinitos momentos de vida realmente vivida faz de uma mulher uma pessoa mais forte? Não. Assim como não faz bem não viver intensamente o ciúme, as neuras e as breves separações. É disso que o genial Nelson Rodrigues fala quando diz que “ nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais”. Pra decepção dessas loucas extremistas, não é de violência que ele está falando – o único tapa na cara é a certeza de que as mulheres dependem dos homens, assim como eles delas.
Mas, como disse certa feita meu lido e estimado Luis Felipe Pondé, essas doidas estão mais preocupadas em apropriarem-se de nossos prestobarbas. Que final crasso para uma revolução, não? (risadas)
Bom, mas só escrevi para parabenizar as mulheres que como a minha amam um homem e por eles são amadas. O meu Diabo beija muito bem, mas prefiro-o sem roupa alguma.

Um comentário:

  1. Oi Rodrigo...Li alguns textos escritos por você, e pude observar a sutileza de suas críticas às várias situações do cotidiano. Me chamou atenção esse texto destinado ao nosso grande dia (rsrs), dia em que deveríamos celebrar as conquistas feitas pelas mulheres, depois de tanto tempo de luta. Muita coisa boa foi adquirida, autonomia e reconhecimento do que realmente somos ou podemos nos tornar é uma delas, entretanto, por querer muita autonomia, a maioria se tornou um pouco "homem"...eis o grande erro, pois acho que a sensibilidade, o romantismo e carinho com que as mulheres lidam com as diversas situações é algo realmente ímpar e devem ser mantido sempre. Porque hoje temos medo de amar? se antes era o que mais fazíamos e sem medo. Realmente quando amamos sem medo, corremos riscos...mas que graça tem a vida sem riscos?...alguma hora a gente encontra alguem que também queira correr esse risco e o risco se torna algo sólido, concreto e muito bom!!

    Abraço,

    Bruna Galli

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