sexta-feira, 10 de junho de 2011

Boas Cias e Cia.

Desconheço o trivial, o cotidiano. Conheço apenas a verdade.
Algumas pessoas entram em nossas vidas, as melhores irrompem. O acaso, que é minha religião praticada, pode ser bom. Ou não. Mas nessa feita é “persona grata”. Poderia viver algo como “Carpe Diem”, mas como (ainda) não sofro de Alzheimer, prefiro imaginar um futuro agradável.
O filósofo (ah! Também padre) Fábio de Melo trata a “esperança” como ela deve ser tratada – de maneira operante. A espera não te leva a lugar nenhum (se esperar muito, os vermes agradecem), a esperança é você esperar por algo que vai acontecer com seu méritos. Pode ser que a sorte te ajude, mas a sorte tem uma predileção por pessoas bobas. Então, trocando em miúdos, “quer algo/busque” deve ser aplicado sempre, mesmo que sutilmente.
Digressão à parte ( segundo “Schopenhauer” - um bom texto precisa de aspas, parênteses e digressões), eu quero apenas retratar o prazer que tenho em conviver com pessoas especiais, confesso um certo egoísmo (egocentrismo, talvez) pois grande parte desse prazer nasce do fato de pessoas especiais remeterem-me à pessoa especial que sou.
Algumas são artistas que não pintam, não compõem, não dançam nem cantam – ouso dizer que essas pessoas são a arte, não apenas a ferramenta que a cria. Ouvi uma dessas pessoas dizer “não tenho alma de artista”, em meio segundo veio-me a resposta: “és a obra”.
Perdi um primo que era mais que especial num acidente tolo, era a “obra prima” da família – generoso, capaz, inteligente, sensível, assistencialista, bonito – mas se existe um Deus, Ele não deve ser bobo, portanto quer pessoas assim por perto. O mundo é rasteiro demais para uma pessoa tão iluminada. Mas, preparem-se para outra digressão, apesar do clima romântico ter ido pro brejo com computadores, celulares e cia, a tecnologia nos apresenta pessoas que, infelizmente, jamais conheceríamos por conta da humilhante distância. Melhor ainda: torna-nos íntimos de ideias que jamais chegariam até nós. Isso faz-me pensar em até onde a presença carnal é fundamental em nossas vidas. Já aviso que não estou falando de namoro virtual, oquei? Bom, digressões demais deixam o texto incompreensível, voltarei às pessoas especiais, em espécie. Ou melhor: não vou escrever mais nada e aproveitar boas companhias.
Volto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário