quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quer viver?


Passei muito tempo desacreditando na “salvação” do mundo; ainda não acredito, não se anime.
Não é de nossa essência o bem nem o mal, mesmo por que isso é inevitavelmente ligado à culturas e costumes locais. E a religiões e/ou seitas (ou coisas parecidas), claro.
Dizem que “Osho” é o homem mais perigoso da história depois de Jesus Cristo, e é, se você se sente em casa nas religiões cujo o “marketing” maior são as restrições pra alcançar algo maior em outro plano. O que “Osho” condena é um simples comércio: dão-te a culpa e vendem-te a “cura”, o perdão. Não sou ateu, não quero fazer-te ateu e muito menos fazer-me ateu, mas quando paramos para ao menos tentar pensar profundamente na existência (pensar não é pra todos, lembrem-se disso) acabamos por passar algum momentos no niilismo. Acredito em Deus, mas como você e como todos os que dizem que sabem (os líderes religiosos superficiais, por exemplo), eu não faço a menor ideia de pra que serve isso tudo, esse aglomerado de massas, sentimentos e loucuras a que chamam de vida. Dizem que devemos plantar algo pra colhermos a felicidade. Acho que nem meu filho de três anos cai nessa, hoje. Que felicidade? A vida é instável, como diz o grande filósofo e padre Fábio de Melo. Que planejemos momentos felizes, aí sim. Qual o problema de programar-se e poupar dinheiro para uma viagem de fim de ano? Mas será que chegarei ao fim do ano? Risadas.
Essa instabilidade da vida pode ser indireta., por exemplo: você tem sua viagem paga, roupas bonitas, uma boa câmera fotográfica, etc – aí no meio desse plano alguém que você ama adoece ou morre. E agora??? Tens dinheiro, saúde(só a sua não basta) e um afeto destruído por um câncer ou seja lá qual das inúmeras maneiras que a morte tem de nos humilhar; Felicidade foi-se embora...
Somos uma engrenagem principalmente de afetos, não nos interessa apenas nosso bem estar, assim como nos interessa o mal estar de muitos. Não é o mundo que nos corrompe e que nos faz infelizes. Somos o nosso próprio câncer e o que faz a felicidade ser uma utopia é, muito contraditoriamente, o amor. Seja o próprio ou não. Você imagina o que é perder um filho? Eu tenho medo até de pensar nisso. Quanto mais amor e afeto, maior o risco de sofrimento; mas sem amor, afeto, saúde e dinheiro não conseguimos nem mantermo-nos em pé (considere que você é a tua autoestima).
Sei que Deus teve um trabalhão pra fazer isso tudo, mas muito maior é o trabalho de compreendê-lo. Tente e enlouqueça; ou não tente e viva como uma pedra burra.

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