segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Louco Protagonista


Somos atores, nosso palco é o que chamamos de “Sociedade”. Somos encarcerados num cenário escuro e frio, somo mentirosos, dissimulados, omitimos bons e maus sentimentos. Fingimos, em resumo. Não sou hipócrita, nunca fui, se escondemos algo (um amor, uma tara, uma alegria, uma tristeza), mentimos. E é essa mentira que faz o mundo “funcionar” - temos leis, temos famílias, temos muitos palpiteiros e precisamos agradar a todos e a nós mesmos paralelamente. Não estou me excluindo dessa seita de mentirosos, mas confesso que tento ser eu mesmo durante o maior tempo possível. Enfrento muita ira, muito preconceito, muitas inimizades (principalmente dos inimigos disfarçados de amigos), e também, muitas vezes, sou tratado como uma joia luxuosa e rara que só pode ser usada em situações muito especiais. Mas isso tudo é por que penso, é por que sou inteligente e como disse: não sou hipócrita. E como meu odômetro está com quase 33 “a idade de cristo” (ainda tenho que ouvir isso, mereço), minha paciência diminui na mesma proporção em que a idade aumenta. Acho que meu fim será ser socialmente um “louco”, mas como assim foi com os grandes pensadores, não me importo muito com isso. Arrogante, eu? Sou, sim – muito obrigado.

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