segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lixo Cultural

O mundo não pode acabar. Ele tem que acabar!
Não, não – não se trata de revolta, é apenas um pessimismo induzido pela alienação explícita na mídia, principalmente no Brasil, nessa época de Carnaval. Na minha última tarde de domingo, preparando-me para encarar algumas 15 horas de trabalho, eu estava estaticamente sentado em frente à televisão enquanto se passava aquele famoso “Domingão da Alienação”, apresentado por um cara nada alienado e que demonstra seu desprezo por temas fúteis, mas que, por ganhar muito dinheiro, está há um bom tempo no ar. Bom, não é novidade que a cada ano, nesse esquenta carnavalesco, aparecem músicas abomináveis executadas por cantores e/ou grupos bizarros, mas, confesso, dessa vez conseguiram superar minhas péssimas expectativas: “Reginho dos Teclados” foi demais, subestimei a falta de cultura da grande massa brasileira.
Trata-se de um “ser” horroroso cantando uma “música” sem melodia e sem graça (ele jura que é engraçada, divertida e dançante), e que é acompanhado por quatro placentas que devem ter sido criadas no lugar das crianças que devem ter sido jogadas fora.
Que coisa medonha... Quando o apresentador os entrevistou eu senti vergonha por eles, por mim, pelos deuses da nossa música, pelo meu país e por todo talento que o povo brasileiro desperdiça por falta de cultura.
Infelizmente, aqui no Brasil essas coisas são muito comuns, usamos a “alegria do povo brasileiro” como desculpa para a ignorância. É fácil explicar: o povo é pobre culturalmente, sendo assim não há contraste com a miséria interior, a miséria de alma.
Amo meu país, mas há coisas “sobrenaturais” (traduza como “bagunça”) que só mesmo aqui acontecem. Onde mais um goleiro faria 100 gols? Onde mais grande parte dos traficantes cheiram? Onde mais as prostitutas gozam?
Esse é meu país. Tem tudo, mas não tem nada. Um continente com potencial de primeiro mundo jogado às traças. Muito antes da “reforma agrária”, seria necessária (vital!) uma reforma educacional. Como um país de grande parte de professores burros irá crescer? Eu não deixaria meu filho nas mãos de um “mestre” que fosse fã do “Parangolé”. Bom, mas a maior parte é e eu não quero briga (mentira: quero, sim).
Acho que esse besteirol musical serve apenas para “fundinho” de porres providos de chifres e dores de corno em geral; aí faz-se uma merda grande que te deixará com péssimas lembranças e três acordes ressoando em sua cabeça.
Bom, se você pretende chutar o balde, vai aqui uma dica: Reginho!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário