sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ter ou não ter...

Acho que uma matéria que deveria ser “obrigatória” numa grade escolar é administração de finanças pessoais, algo que ensinasse as crianças a lidarem com dinheiro. Não é inteligente não mostrar o valor que a “bufunfa” e a maneira como se administra têm em nossa vida prática. Desde cedo é preciso orientar os pequenos para que encarem e suportem essa selva capitalista em que vivemos. Acho muito bom um filho receber uma mesada, mas acho péssimo que os pais o socorram quando suas finanças entram em crise. É cedo que se aprende a se virar e, mais ainda, a trabalhar para resolver. Sei que é difícil não ceder aos olhares sedutores de um filho, mas é preciso ser austero. Na vida de uma criança, a mesada tem o mesmíssimo valor que o nosso suado salário, é preciso que os filhos saibam cuidar de suas economia o mais rápido possível. Quando digo que não devemos socorrer nossos amados gastadores não quero dizer que não possamos orientá-los, muito pelo contrário: devemos. O que não pode acontecer é dar mais do que já foi estipulado.
Acho muito importante presentear, mas é preciso que fique explícito que se trata de um “carinho” e que esse carinho é esporádico. É uma exceção. Podemos ensinar desde cedo um jeito de conseguir o que se quer (materialmente falando) com trabalho e/ou sacrifícios e restrições. E é muita hipocrisia dizer que queremos a felicidade de nossos filhos sem que importe o dinheiro. Muito da “felicidade” (traduza como “bons momentos”, felicidade não existe) é diretamente ligado a dinheiro: o nascer do Sol é gratuito, o brilho da Lua, também; mas bons carros, bons vinhos, boas viagens, boas escolas, bons planos médicos, muitas das belas mulheres e muitos outros itens custam caro, e bem caro! Portanto, assim como é importante ensinar o valores intrínsecos à alma com aulas de filosofia, psicologia, literatura, etc; é preciso ensinar valores práticos como controle de finanças.
Pense nisso: “Mais importa o “ser” do que o “ter”, mas, muitas vezes, para “ser” é preciso “ter”.

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